WGSN aponta que o sucesso de modelos como Andrej Pejic e a
transexual Lea T deve ganhar força como um comportamento de sexo
indefinido.
Há tempos o unixes é considerado o salvador do mundo da moda no século 21. Porém, a mais ou menos 1 ano e meio atrás, quando se viram novamente obsecados pela androgenia no mundo fashion, muitos torceram o nariz, dizendo que não passaria de uma repentina e passageira paixão marketeira. Mas, de acordo com uma pesquisa feita pela bureau de tendências WGSN, figuras como o modelo sérvio-australiano Andrej Pejic e a modelo transexual Lea T. fazem parte de um comportamental muito maior, que tem tudo para ganhar força nos próximos anos.
No relatório, o WGSN aponta uma certa turbulência nos fundamentos de alguns conceitos de entendimento humano. Daqui uns anos, será cada vez mais comum - e intenso - transitar entre o masculino e feminino. A ponto de tornar praticamente impossivel a diferenciação entre os dois. Em termos práticos, tudo isso significa um enfraquecimento nas normas e
padrões sociais, permitindo uma liberdade muito maior no modo como nos
vestimos e portamos. Alguns enxergam nisso tudo até um nascimento de um 3º gênero, que seria, ao mesmo tempo, sexualmente neutro e sexualmente expressivo.
As campanhas da Givenchy, Balenciaga, Proenza Schouler, Marc by Marc Jacobs e Jean Paul Gaultier, tudo para o verão 2011
Ok. Pode parecer um pouco de loucura, mas não é. Basta dar uma olhadinha para trás, na moda das últimas três temporadas para se ter indícios disso. Pense bem: o verão 2011 viu nascer não só um dos ícones dessa nova
geração cuja androginia independe das roupas, como também trouxe toda
uma ambiguidade sexual para passarelas: meninos que parecem meninas,
meninas que parecem meninos, meninas que parecem meninos que parecem
meninas e assim por diante. Balenciaga, Marc Jacobs, Proenza Schouler, Givenchy e Jean Paul Gaultier foram
apenas algumas das marcas que nublaram os limites entre os sexos tanto
em suas coleções quanto nas imagens de suas campanhas – tendência que
continua com considerável força no inverno 2011.
A marca francesa The Kooples foi ainda mais longe,
desfazendo as pré-concepções padrões que temos sobre roupas de meninos e
meninas. Para inauguração de suas lojas em Londres, a marca colocou
suas coleções masculinas e femininas misturadas, como se fossem uma
coisa só.
Capas de revistas com temáticas andróginas e celebrando a ausência de gêneros
Talvez esse seja o início de uma geração sem machismo/feminismo. É esperar e ver.
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