25 de julho de 2011

Masculino e Feminino: Tendência unisex para 2012 e 2013

O modelo Andrógeno Andrej Pejic (siiim, ela é homem!)

WGSN aponta que o sucesso de modelos como Andrej Pejic e a transexual Lea T deve ganhar força como um comportamento de sexo indefinido.

Há tempos o unixes é considerado o salvador do mundo da moda no século 21. Porém, a mais ou menos 1 ano e meio atrás, quando se viram novamente obsecados pela androgenia no mundo fashion, muitos torceram o nariz, dizendo que não passaria de uma repentina e passageira paixão marketeira. Mas, de acordo com uma pesquisa feita pela bureau de tendências WGSN, figuras como o modelo sérvio-australiano Andrej Pejic e a modelo transexual Lea T. fazem parte de um comportamental muito maior, que tem tudo para ganhar força nos próximos anos. 

No relatório, o WGSN aponta uma certa turbulência nos fundamentos de alguns conceitos de entendimento humano. Daqui uns anos, será cada vez mais comum - e intenso - transitar entre o masculino e feminino. A ponto de tornar praticamente impossivel a diferenciação entre os dois. Em termos práticos, tudo isso significa um enfraquecimento nas normas e padrões sociais, permitindo uma liberdade muito maior no modo como nos vestimos e portamos. Alguns enxergam nisso tudo até um nascimento de um 3º gênero, que seria, ao mesmo tempo, sexualmente neutro e sexualmente expressivo. 

As campanhas da Givenchy, Balenciaga, Proenza Schouler, Marc by Marc Jacobs e Jean Paul Gaultier, tudo para o verão 2011

Ok. Pode parecer um pouco de loucura, mas não é. Basta dar uma olhadinha para trás, na moda das últimas três temporadas para se ter indícios disso. Pense bem: o verão 2011 viu nascer não só um dos ícones dessa nova geração cuja androginia independe das roupas, como também trouxe toda uma ambiguidade sexual para passarelas: meninos que parecem meninas, meninas que parecem meninos, meninas que parecem meninos que parecem meninas e assim por diante. Balenciaga, Marc Jacobs, Proenza Schouler, Givenchy e Jean Paul Gaultier foram apenas algumas das marcas que nublaram os limites entre os sexos tanto em suas coleções quanto nas imagens de suas campanhas – tendência que continua com considerável força no inverno 2011

A marca francesa The Kooples foi ainda mais longe, desfazendo as pré-concepções padrões que temos sobre roupas de meninos e meninas. Para inauguração de suas lojas em Londres, a marca colocou suas coleções masculinas e femininas misturadas, como se fossem uma coisa só.

 Capas de revistas com temáticas andróginas e celebrando a ausência de gêneros 

Editorialmente, o movimento tem ainda mais respaldo. Não só diversas publicações de peso dedicaram algumas páginas de seu conteúdo para esse novo gênero sem definição, como surgiram algumas publicações exclusivamente voltadas para isso. Caso da Candy, revista independente voltada a celebrar todas as formas de travestismos, transexualismo e crossdressing. 


Talvez esse seja o início de uma geração sem machismo/feminismo. É esperar e ver.

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